Eu já devo ter usado esse título na volta do ano passado, mas é difícil pensar em outro (afinal Everything's Ruined, q toca aqui neste momento, tb já seria exagero). Parece que cada volta dói mais. Confesso q já estava começando a sentir falta de algumas coisas de casa (mais o banheiro, na verdade), das pessoas e - acreditem se quiser - de trabalhar (considerando que é o que me prende ao Brasil, não é tão difícil entender). Mas putz, chego, já pego zona completa no aeroporto (uns 5 ou 6 voos internacionais - lotados - chegando no mesmo minuto) as 5h da manhã, aí já começa o trânsito e o desfile pela feiúra de SP.
Na viagem passada, havia um grande deslumbramento, que não passou mesmo após a volta. Eu nem conseguia acreditar que eu tinha ido mesmo e visto tudo aquilo. Tudo era novidade, cada dia era uma aventura. Agora, não, tudo era mais normal. Claro que tinham coisas novas, lugares novos, mas o deslumbramento foi substituído por uma sensação de conforto e tranquilidade. Eu já sabia como as coisas funcionavam, não precisava ficar preocupada se eu tinha comprado o bilhete de trem certo e se o bilheteiro não ia me deportar. Agora eu tava quase posando como nativa, na Imigração ninguém me perguntava nada (após ver meu passaporte todo cheio de carimbos), ao contrário, as pessoas vinham me pedir informação de como comprar os bilhetes (e eu sabia!).
Toda essa normalidade das situações vão doer mais agora, afinal, normal porra nenhuma. Sistemas que funcionam e gente civilizada é coisa de outro mundo aqui no Brasil. Coisa das zoropa.
Mas tudo bem. Antes de voltar, fomos ao Top of Europe. Foi muito melhor do que imaginávamos. Lá é muito bacana, pra um lado tem uma super vista das cidades e vilarejos embaixo e do outro é um plateau de gelo (firn e glacier). Tem vários restaurantes lá, um palácio de gelo, uma estação de estudos científicos e dá pra sair fora, na neve e dar caminhadas, praticar hiking e arremesso de bolas de neve. O tempo estava magnífico, aberto, super vista, sem vento e com sol. No sol nem era tão frio (na sombra tava -2C), teve gente até de camiseta.
Achei que talvez pudesse ter algum sintoma pela altitude (3400 m), mas me senti super bem, fora o cansaço absurdo nas mais simples tarefas, como subir escadas. Na volta em compensação, me deu uma super queda de pressão no trem. Melhorei, mas fiquei o resto do dia embrulhada e com dor de cabeça. Moral: ir ao topo é fácil, mas quanto mais alto, pior a queda.
Video do Jungfraujoch: http://www.youtube.com/watch?v=8fbM1RFtUVs





Vistas no passeio. As árvores estão começando a ficar com cara de outono.
Pois é, amanhã a volta a labuta....